sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

Sim...

Sim… talvez nós não sejamos mais do que estrelas, que aos poucos vão perdendo a chama, como que a pedir que algo as preencha, para voltarem a ser cintilantes!
Sim… talvez a nossa vida seja um céu cheio de mistérios, de tantas outras estrelas, de outros planetas… um universo assombroso!
Sim… um dia, numa explosão astronómica, morreremos, para depois voltarmos a nascer, novamente… repletos de luz!

sábado, 24 de dezembro de 2005

NaTaL...

Nestes dias sinto-me envolta em magia estulta.
De tanta indecência que podíamos fazer, aquilo que imediatamente nos afoga a alma e o tempo é mesmo ir para uma fila de uma loja qualquer, com o carro cheio de lembranças comoventes e tristes que nos ocupam o espaço em casa, roubando-nos os fundos que tanto poupamos!
Neste dia fico triste quando vejo a volta da minha árvore de natal tantos presentes inúteis e sei que pelo mundo fora há tanta gente a morrer de fome, de carinho e amor… Tantas crianças sem reconhecerem a simbologia de um brinquedo!
Sinto-me ainda mais triste quando a hipocrisia vem ao de cima, sempre que alguém se lembra de outro alguém que há tanto tempo se sentia esquecido!
Mas nós somos assim mesmo… Seres repletos de futilidades inventadas por nós mesmos… Por enquanto “ainda temos capital” para comprar estas pantominices, mas olhando para a frente só consigo admirar algo que nem tento traçar porque custa!
De qualquer forma… desejo a todos que esta noite vos abrace num apelo de paz… que vos faça pensar em vocês próprios e naqueles que verdadeiramente amam… Que esta noite sirva para acalentar os corações mais sozinhos…
Mas que esta noite se prolongue por toda uma vida… que se propague em todas as noites vividas…
Feliz Natal!

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

Hoje Não Me Recomendo!

Num gesto, quase mecânico, sento-me em frente a este teclado e escrevo... escrevo sem saber as teclas que os meus dedos carregam...
Mas hoje…talvez, mais um dia normal, apetece-me grafar o que me vier à cabeça… Deveria pronunciar o que me viesse à alma… mas por falta de tempo… ou qualquer coisa que ninguém sabe objectivamente bem o que é… resta-me escrever!
E agora, reclamo aquela luz falsa que se me entranha na pele… e me aquece os dedos gélidos e descurados e sinto que nada me sai bem…
Sinto que esta noite não estou cá… não sou mais do que um mar profundo de tristeza, de gelo fundido na profundeza do meu ser débil!
Hoje, eu estou que nem me entendo, perdida em incertezas, ideias vagas, demasiado perplexas, afundada em ilusões cansadas de serem sonhadas!
Sim… Hoje não me recomendo!