segunda-feira, 1 de maio de 2006

Cúmplice


Deixei que as tuas mãos se perdessem nos meus cabelos, que me beijasses a pele da face ainda fria e me sentisses. Não disse nada.
Esperei que o meu peito me deixasse de doer. Porquanto sentia a tua exalação meiga e agreste, tão aconchegada ao ouvido do meu pensamento, e contendi para não te sentir.
E esses teus abraços gastos e essa tua história decrépita fizeram-me ser cúmplice de tudo o que ainda não dissemos e da culpa que sinto em te sentir.
* Para um amigo

2 comentários:

Anónimo disse...

Perdi-me no sonho...Encontrei-me em ti! Fraquejámos, mas não quebrámos. Continuamos lá, intactos, à espera do próximo abraço, da próxima palavra, para que nos possamos sentir, os dois, aos dois! Sem medo da dor, da angustia, da mágoa...Sei que estou cansado, dás-me a mão e levas-me contigo, para aquele lugar de ninguém, só teu! Obrigado!

*Para Ti*

Anónimo disse...

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