terça-feira, 11 de julho de 2006

Ser eu não é condescendente


Desembrulha as ternuras, que se escondem nas asas das nuvens, que te deixam a pele cinzenta e o coração com a serenidade de amar. Escuta o pêndulo do sol que te anuncia as horas tardias, que te veste os sonhos em saracoteados de luas distantes, e voa para lá do mundo palpável. Se ainda pensas que vives naqueloutro, que se esconde no carpir do céu.
Calça as estrelas que saltitam no firmamento que te abarcam o fingir, nesse sorriso que pinta quanta felicidade derramas. Entoa o ar que te envolve e vai fazer do mundo o teu recanto da alma![Se ainda a possuis.] Atira-te aos teus desejos, rodopia na tua imaginação e deixa-me apenas as memórias do tempo que estamos juntos… sem ninguém cúmplice do que sentimos. E deixa-me dançar contigo, numa dança serena e solitária da pessoa que em mim morre, que em nós renasce, sem pressa, sem receio, sem vontade de ir mais longe. Se ainda te julgas livre devias desprender-te dos nós em que te embrulho, cansados de não saberem amar. E quando te desencobrires, talvez aí, te sintas despeitado, sem nunca ter entendido os meus pensamentos confusos de emoções tresloucadas e pálidas. Mas tu, melhor do que ninguém, sabes que não me conheço, que não sei quem sou. Ser eu não é condescendente. Ser eu não é fácil. E tu? Será que tu sabes o que és... Quem és?!

1 comentário:

Anónimo disse...

Be free! Deixa-te voar...
*mUAh*