Vi-lhe a lágrima, mas aridamente lhe deneguei o ombro ainda imaturo. Quis libertar palavras, mas o silêncio abarcou-me os sentidos. Quase sem ar saí, bati a porta devagar e olhei o céu transbordante de inocência ou culpa, ou talvez mágoa. A rua lançou-me calafrios lívidos de padecimento. Num ápice almejei abrigar a luz para o reconfortar, mas perdi-me na neblina que nos repelia, no sopro de ar que desprendi.
Sem rumo, exaurida deitei-me na relva que me deslindava, fechei os olhos, senti-a a crivar-me a pele de uma forma meiga e dolorosa. Apeteceu-me discordar com a dor. Respirei e senti-me sentida.
Não ouvi o simples chorar da nuvem que se abateu sobre os meus ombros, o meu entendimento denodou-se em águas do pensamento. Indaguei-me e desenterrei-me de mim mesma. Nesse lugar nenhum sou erva… relutantemente meiga vou ferindo o amor que me rodeia.