segunda-feira, 17 de abril de 2006

O caminho para o céu


Deitei-me na areia e sentia-a quente, não consegui, relembrei o teu corpo cálido.
A maresia soprou-me murmúrios gélidos e por breves instantes desejei mergulhar os meus pensamentos no mar e deixá-los partir.
O sol teimava em magoar-me os olhos, tão agastados de tanto te procurar, de tanto chorar.
Recordei-me daquele instante em que me disseste ‘as estrelas são o caminho para o céu’… e sorri. Nesse tempo acreditava que sim.
Hoje, não.
Um grande amor, dizem eles. Eu não sei mais o que foi…
Sei que desejei, uma vez mais, sentir-me apertada nos teus braços, almejei olhar-te enquanto a luz nos encobria os sonhos, sorrir-te e dizer-te que as estrelas são o caminho para o céu.
O vento teimou em condescender do meu tempo. Tal como tu.
E eu voltei a ansiar perder-te na minha memória.

1 comentário:

Anónimo disse...

adorei este teu texto :) nota-se o teu gosto pela escrita a cada dia que passa *