quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

Consumida!

Estou cansada!
Estou cansada da tua displicência. Estou cansada dos teus contemplares desconsolados e penetrantes que me desnudam a alma. Estou cansada do teu olhar de ser ressentido quando afinal quem escalavra és tu.
Estou tão cansada de persistir na lide do que já é lívido. Esgoto-me de te ver olhar como quem quer.
Estou cansada de te querer tanto, de não conseguir desembaraçar-me do que nutro por ti. Cansada de mim e do meu espírito de peleja, do meu embaraço, do meu querer. Cansada de olhar para ti, de esperar que me chames, de te chamar e tu não vires, de me telefonares de repente e sem aviso, mudando tudo de novo, pondo-me de pernas para o ar, de coração em sobressalto, de alma cansada de vida vazia.
Estou cansada!
Estou cansada de lutar contra este sentimento arrebatador de te amar e não te conseguir deslembrar! De repente sinto que já me foges dos sonhos, contudo no momento sequente atas-me as mãos e embalas-me no peito sentido da vida!
Mas sabes do que me canso mais? De não te entender...de não me deixares ir de vez, de deixares sempre uma ponta presa, um parecer enternecido, um vestígio de afecto, um olhar de ternura, um toque de possessão…
Estou cansada!

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